23/11/2020 às 11h54min - Atualizada em 23/11/2020 às 11h54min
Manifestação acordada por artistas e grupos esquerdistas ateiam fogo no congresso na Guatemala.
A invasão do Congresso ocorreu no meio de uma “manifestação” acordada para este sábado por artistas, grupos de esquerda e dezenas de entidades, com o objetivo de rejeitar o orçamento do Estado para 2021, aprovado pela Assembleia da República.
Cristina Barroso
(REPRODUÇÃO) Centenas de vândalos ocuparam o Congresso da Guatemala neste sábado e incendiaram diversos escritórios até serem expulsos pelas forças de segurança e bombeiros, que apagaram o fogo.
Os manifestantes, em sua maioria encapuzados, quebraram a porta de entrada do Parlamento e também as janelas, para depois jogar tochas de fogo lá dentro.
Os deputados não estavam no local e até agora não foram confirmados feridos no Congresso, localizado no centro da capital guatemalteca.
O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, lembrou que existe o direito de manifestação no país, mas disse que não permitirá que bens públicos ou privados sejam vandalizados. “Quem quer tenha sua participação nesses atos criminosos comprovada ficará sob o peso total da lei”, escreveu ele em uma mensagem no Twitter.
Por cerca de 10 minutos, em meio ao caos, os “manifestantes” conseguiram atear fogo a uma parte do Congresso e também destruir o que encontraram ao seu redor.
Alguns manifestantes conseguiram furar o esquema de proteção da sede do Legislativo, na capital do país, e jogaram tochas de fogo dentro do prédio, incendiando em algumas salas. As labaredas saíam pelas janelas enquanto as forças de segurança tentavam afastar os manifestantes. Posteriormente, foram dispersos com bombas de gás lacrimogêneo pela Polícia Nacional Civil.
No momento, o dano causado ainda é desconhecido.
A invasão do Congresso ocorreu no meio de uma “manifestação” acordada para este sábado por artistas, grupos de esquerda e dezenas de entidades, com o objetivo de rejeitar o orçamento do Estado para 2021, aprovado pela Assembleia da República.
As cenas lembraram os violentos protestos promovidos pelos antifas, ocorridos no Chile e nos Estados Unidos no decorrer desse ano.
Quando grupos de esquerda promovem violência e depredação do patrimônio público e privado, são chamados pela grande imprensa de “manifestantes” a favor da democracia.