(REPRODUÇÃO) O Ministério da Defesa divulgou neste sábado (14) uma nota oficial informando que as
Forças Armadas não têm influência política e reforça que "o único representante político das Forças Armadas, como integrante do Governo, é o Ministro da Defesa".
A nota é um esclarecimento à
fala do comandante do Exército, general Edson Pujol, ao defender que os militares da ativa não querem fazer parte da política:
"
Não queremos fazer parte da política governamental ou do Congresso Nacional, e muito menos queremos que a política entre em nossos quartéis", afirmou Pujol em uma live na quinta-feira (12), um dia após Bolsonaro dizer, em indireta a Joe Biden, que "quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”
Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou na sexta-feira (13), em uma postagem nas redes sociais, que as Forças Armadas devem "se manter apartidárias" e "sob a autoridade suprema do Presidente da República”.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.” Na nota divulgada pelas Forças Armadas, o Ministério da Defesa destacou que:
"Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, quando se manifestam, sempre falam em termos institucionais, sobre as atividades e as necessidades de preparo e emprego das suas Forças, que estão voltadas exclusivamente para as missões definidas pela Constituição Federal e Leis Complementares".
Por fim, informou que "As Forças Armadas direcionam todos os seus esforços exclusivamente para o cumprimento de suas missões, estando presentes em todo o País."
Assim, as Forças Armadas cumprem o papel fundamental de garantir, em caso de ameaça estrangeira (defesa da pátria) ou deterioração civil-social extrema (garantia da lei e da ordem e dos poderes constitucionais), a
segurança da república, dos seus cidadãos e a ordem constitucional vigente.