O Tribuna Nacional esteve no ato que ocorreu no último domingo (1), véspera de feriado, na avenida Paulista, contra João Doria e a obrigatoriedade da vacina, para conversar com os manifestantes sobre o que pensavam a respeito de diversos assuntos, como vacinação compulsória, defendida pelo goverandor do Estado, eleições de 2020 e as atuais administrações estaduais e municipais de São Paulo. Os manifestantes criticaram o modo como a dupla Doria e Covas tem gerido a pandemia em São Paulo e pretendem manifestar essa insatisfação nas urnas, além de terem criticado a obrigatoriedade da vacina feita às pressas.
É o caso do microempresário Marcos de Carvalho, que disse que foi à Paulista devido à "política insana de combate à pandemia do governador Doria". Marcos contou que tinha um comércio que teve que ser fechado durante a quarentena no meio do ano e infelizmente foi à falência, o que custou o emprego de dois funcionários: "não teve jeito, a gente não podia abrir, tive que fechar, porque os impostos não pararam de chegar. Tive que demitir os dois funcionários que tinha também, porque não entrava dinheiro para pagar eles".
Já o jovem Bruno Viana, estudante de economia de 24 anos, disse que foi exclusivamente protestar contra a vacina chinesa. "É horrível o que o Dória está fazendo com a gente, porque essa vacina, além de ter sido feita muito rápida, veio da China, o mesmo país responsável pela disseminação à nível pandêmico do coronavírus. A China deveria sofrer sanções da ONU e não estar vendendo vacina mal feita, máscaras e respitadores para o mundo", disse Rafael, que está no último ano da faculdade e teve as aulas prejudicadas pela quarentena.
Roberto Gonçalvez, um manifestante de 58 anos, disse que também foi se manifestar contra a obrigatoriedade da vacina. "Foi feita em pouco tempo e querem aplicar na gente. Não é assim", disse ele ao Tribuna Nacional. Além disso, quando perguntado sobre os governos de Bruno Covas e João Doria, respectivamente o prefeito e governador de São Paulo, Roberto disse que ambas administrações são uma droga: "O Doria quer aumentar impostos, o Bruno desmontou o hospital de campanha. Os dois são uma droga".
Pensamento semelhante tem Maria Aparecida, que nos contou que "Doria enganou o eleitorado conservador ao se aproximar de Bolsonaro em 2018 e agora faz negócios com o comunismo chinês". Questionada sobre suas pretensões eleitorais, Aparecida disse que não sabe em quem irá votar para vereador ainda, mas sabe que não irá votar em quem tenha vínculo com o PSDB devido às atuações de Bruno Covas e João Doria.
Um médico que estava no protesto, mas preferiu não se identificar, contou ao Tribuna Nacional que "o que o prefeito e o governador fizeram foi uma loucura imperdoável, uma insanidade. Fecharam tudo, às pressas, ignorando diversos fatores e protocolos. Escolas, por exemplo, não deveriam ter sido fechadas, pois o vírus tem uma taxa de letalidade extremamente baixa em crianças. O que deveria ter sido feito é as aulas continuarem e medidas profiláticas serem adotadas, como uso de álcool gel, orientação às crianças e, se possível, distanciamento, com alternância de dias ou até horários, mas nunca fechar tudo como foi feito, porque isso prejudica a educação dos jovens da rede pública, que já não conseguem competir com os jovens das escolas privadas". O dr. reforçou que é importante evitar aglomerações em locais fechados, como transporte público, e comentou que não há problema nas praias cheias: "se as praias cheias fossem um problema, os casos teriam disparado depois dos feriados prolongados, mas o que se viu é que eles caíram. É importante as pessoas evitarem aglomerações em locais fechados, como ônibus e metrô, e adquirirem vitamida D, porque segundo um estudo do hospital Marqués de Valdecilla, da Espanha, 80% dos pacientes que foram internados lá por covid-19 estavam com baixos níveis de vitamina D no sangue". A vitamina D é obtida através do sol e, no começo da pandemia, o presidente Bolsonaro prometeu zerar os impostos de medicamentos com essa vitamina, mas foi criticado pela imprensa.
Entrevista com Allan Frutuozo O Tribuna também conversou com o youtuber Allan Frutuozo, do canal Vista Pátria, que nos contou sua opinião sobre o que irá acontecer nas eleições de 2020. Para Allan, "os partidos de centro irão lograr êxito nessas eleições, já que a criação de um partido de direita ainda está pendente". Ele fez críticas ao governador João Doria, o qual classificou como "uma pessoa fora da realiade, que se apresentou como um liberal, mas se demonstrou um tirano, um fantoche da China". Allan também disse esperar um amadurecimento da direita nos próximos anos, visto que há várias correntes dentro desse pensamento que emergiu recentemente no país e que é necessário separar as pautas. "Esse amadurecimento virá com o tempo, naturalmente", disse o youtuber ao jornal.