02/11/2020 às 16h09min - Atualizada em 02/11/2020 às 16h09min

SIMULAÇÃO: No modelo eleitoral americano, Bolsonaro seria eleito com sobra

Com modelo de delegados, Bolsonaro teria ampla vantagem em São Paulo e Minas, que seriam os maiores Colégios Eleitorais do Brasil

Kaio Lopes
Da Redação
(REPRODUÇÃO)
Às vésperas das eleições norte-americanas, muito se discute a respeito do sistema eleitoral utilizado no país - em que o candidato mais votado não é necessariamente eleito, pois ele precisa atingir também, no mínimo, 270 delegados nos colégios definidos por Estados - cuja regra quantitativa é baseada em seus respectivos contingentes populacionais.

Por esta razão, os democratas começam a corrida com praticamente 94 delegados garantidos (55 da Califórnia, 29 de Nova York e 10 de Minnesota), e os republicanos, por suas vezes, contam com os 38 delegados do Texas, 16 da Geórgia e tradicionalmente os 6 somados de Dakota do Norte e Sul. No entanto, existem variações importantes nos chamados ''swing-states'', a exemplo de Carolina do Norte, Flórida e Pensilvânia, oscilações estas capazes de modificar os resultados finais. 

E se o Brasil adotasse o sistema eleitoral americano? 

Para respondermos aos curiosos que já se perguntaram sobre essa hipótese, preparemos uma simulação do cenário entre Bolsonaro e Haddad em 2018, considerando um suposto sistema de delegados. Confiram quais seriam os números dos estados:

SP - 55 delegados
MG - 38 delegados
RJ e BA - 29 delegados
PR e RS - 20 delegados
PE, CE e PA - 18 delegados
SC, GO e MA - 16 delegados
AM - 14 delegados
ES e PB - 13 delegados
RN e MT - 12 delegados
AL e PI - 11 delegados
DF e MS - 10 delegados
SE - 9 delegados
RO e TO - 8 delegados
AC e AP - 7 delegados
RR - 5 delegados

Em primeiro turno, dos hipotéticos 438 delegados (portanto, 100 abaixo dos EUA), Bolsonaro teria 283 deles, ou seja, 63 de sobra - já que, neste caso, seriam necessários 220 para a sua vitória (a metade + 1); Haddad conseguiria apenas 137 e Ciro Gomes 18. 

Como sabemos, no Brasil, pelo menos nesta última decada, a esquerda teria o domínio de estados como Bahia e Maranhão, começando com 45 votos; São Paulo, sozinho, já garantiria 55 delegados contra a extrema-esquerda - protagonizada pelo PT. Se somarmos o Paraná, tradicional inimigo do PT, seriam 75. 

O vermelho republicano dos EUA, conforme essa simulação, seria a cor fadada ao fracasso com a esquerda no Brasil. 

 

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