Roberto Rachewsky, um dos expoentes do liberalismo brasileiro, escreveu neste domingo (18) estar “impressionado com a quantidade de liberais testando positivo para o vírus do autoritarismo desde que se estabeleceu o surto do coronavírus chinês. Apoiaram isolamento horizontal, fechamento de escolas, estabelecimentos comerciais, praças e praias. Apoiaram a obrigatoriedade do uso de máscaras em local publico e inclusive privado. Agora, apoiam até a vacinação obrigatória”, disse em sua conta do Facebook.
Impressionado com a quantidade de liberais testando positivo para o vírus do autoritarismo desde que se estabeleceu o...
Publicado por Roberto Rachewsky em Domingo, 18 de outubro de 2020
Rachewsky, que é ex-presidente do Instituto de Estudos Empresariais e um dos idealizadores da instituição, uma das principais organizações promotoras da liberdade no país e fundada nos anos 1980, ainda pontuou que há “tiranetes saindo armário no primeiro teste ideológico de verdade”.
Dentre os liberais que apoiaram a obrigatoriedade da vacina contra o coronavírus, destacam-se João Amoêdo, fundador do Partido Novo e ex-candidato à presidência, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), do MBL, organização que teve membros presos em agosto, e o movimento Livres.
Nas redes sociais, Amoêdo disse que “a vida em sociedade pressupõe liberdade com responsabilidade” e defendeu que quem não tome vacinas “permaneça isolado até que todos os demais sejam vacinados”, não podendo sequer “frequentar espaços públicas, ruas, hospitais e escolas”.Libertários e conservadores reagiram negativamente à declaração de Amoedo, que também já defendeu a quarentena imposta por governadores.
Já Kim Kataguiri sustentou a tese de que “quem não toma a vacina coloca a saúde de terceiros em risco” e que não é “nada liberal colocar a saúde dos outros em risco só para alimentar uma paranoia ideológica”.
Já o Livres, uma das principais entidades em defesa da liberdade no país, mas também conhecida por posições mais centristas, afirmou que “a liberdade tem que ser defendida por inteiro e para todos” e que “ninguém tem o direito sagrado de contaminar alguém”.