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Dória reafirmou sua defesa ao fechamento do Aeroporto Campo de Marte localizado na zona norte de São Paulo, onde deveria permanecer em operação somente para pouso e decolagem
de helicópteros.
ACIDENTES COM AERONAVES PEQUENAS MARCAM O CAMPO DE MARTE
Em 30 de novembro de 2018 o avião Cessna 210N caiu no bairro de Casa Verde, matando o piloto, e a outra em 29 de julho, quando houve a morte do piloto e seis pessoas ficaram feridas.
Em 19 de março de 2016, a aeronave experimental do empresário Roger Agnelli caiu log
depois de decolar do Campo de Marte. Na ocasião, houve seis mortos, incluindo o empresário, a mulher Andrea, os dois filhos do casal, Ana Carolina e João, o genro de Agnelli, Parris Bittencourt, e sua namorada.
Em 27 de março de 2016, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) tombou e duas pessoas tiveram ferimentos leves, um instrutor e uma aluna. Segundo a FAB, o vento forte do dia pode ter feito a aeronave tombar.
Em 4 de novembro de 2007, um avião executivo caiu sobre quatro casas no bairro da Casa Verde. O acidente aconteceu por volta das 14h15 e houve oito mortes. Foram quatro homens, três mulheres e um bebê de nove meses.
Esse aeroporto já foi palco de inúmeros acidentes e por ter sua localização dentro de uma área urbana, é motivo de preocupação dos moradores locais.
A POLÊMICA
Diversos governantes, no passado, prometeram estudar o fechamento do Campo de Marte.
O governo Jair Bolsonaro incluiu o local no plano federal de privatizações, com leilão previsto para o segundo semestre de 2022.
O prefeito Bruno Covas (PSDB), entretanto, cobrou da União no início do ano passado o cumprimento da promessa do governo anterior, de transformar o aeroporto em museu e parque.
Em agosto de 2017, por exemplo, o então prefeito e hoje governador de São Paulo, João Doria (PSDB), firmou com o então presidente Michel Temer acordo sobre o local. A União se comprometeu a ceder 400 mil m² do terreno ao Município para um projeto que incluiria um museu aeroespacial, um parque e, por último, o fim das operações de aviação executiva.
Após encontro com Temer, Doria anunciou o fim das operações do terminal para 2020. Ele defendeu ainda a desativação da pista, dizendo que vários aeroportos funcionais em implementação no entorno da capital poderiam substituir o Campo de Marte, que ficaria só com a aviação de helicópteros.
Os antecessores Gilberto Kassab, José Serra e Celso Pitta também cogitaram transformar a área em parque. O principal problema é que o espaço é gerido pela Aeronáutica e Infraero, ligados ao Ministério da Defesa, que briga na Justiça desde 1958 com São Paulo pelo terreno.
O ACIDENTE
O avião decolou de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, com destino ao aeroporto de Campo de Marte, localizado em Santana, na zona norte.
De acordo com testemunhas, o avião perdeu altitude, tentou arremeter, mas logo em seguida despencou e por pouco não atingiu os carros e pessoas que caminhavam e andavam de bicicleta na ciclovia.
Uma testemunha que passava pelo local afirmou à Record TV que viu a queda da aeronave e quase foi atingido. Ele sofreu uma queimadura na mão, após o avião explodir. Sete viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas para o local do acidente. O fogo na aeronave foi apagado meia hora depois.