08/09/2020 às 14h14min - Atualizada em 08/09/2020 às 14h14min

"Maria do 18" recebe homenagem do 18º Batalhão da Polícia Militar

“A Maria é uma lenda na corporação e agora está eternizada aqui”, destacou o coronel Dantas.

Cristina Barroso

Aos 6 anos de idade, ela perdeu a mãe que, aos 25 anos, morreu durante um aborto.

Após o falecimento de sua mãe no ano de 1962,  ela foi morar com a avó, que era cobradora em uma empresa de ônibus e a criou na Favela Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Assim começou a história de “Maria do 18°” – como a Maria de Fátima Dãauria da Silveira acabou ficando conhecida.
Ao completar a mesma idade que a mãe tinha quando morreu, Maria perdeu também a avó – vítima de um derrame.
Em 1981 os criminosos da facção Comando Vermelho (CV) que controlavam o tráfico de drogas na CDD invadiram a casa delas.
 Resgatada por policiais do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) localizado na favela, Maria recebeu abrigo na sede do 18°BPM (Jacarepaguá) – onde mora até hoje, aos 64 anos.
Não há uma pessoa dentro da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) que não a conheça – pessoalmente ou através de relatos.
Nesta sexta-feira, dia 4 de setembro, ela foi homenageada em vida pelo atual comandante do batalhão de Jacarepaguá, tenente-coronel Roberto Christiano Dantas, que reformou e reinaugurou o rancho da unidade o batizando com o nome de Maria.

“A Maria é uma lenda na corporação e agora está eternizada aqui”, destacou o coronel Dantas.
 
Já Maria, que há quase quatro décadas tem o 18°BPM como seu endereço residencial, era só alegria e gratidão.
“Agora vou almoçar e jantar todo dia aqui no rancho. Tem meu nome, né? Eu gosto muito desses meninos. Gosto de todos esses policiais”, enfatizou Maria, que é a única civil sem grau de parentesco com PMs a ter direito a atendimento médico nas unidades de saúde da corporação.

A conquista ocorreu através do coronel Gilson Pitta – que foi comandante-geral da PMERJ de janeiro de 2008 a julho de 2009. Na época, o oficial cadastrou Maria como sua dependente para que ela pudesse ter acesso à carteira do Fundo de Saúde da Polícia Militar (Fuspom).
Homenagem em vida do 18°Batalhão à nossa eterna Maria.  A partir dessa data o rancho do 18 passa a se chamar "Maria de Fátima Daauria da Silveira " parabéns Maria!

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