10/10/2022 às 10h52min - Atualizada em 10/10/2022 às 10h52min
Admirável Mundo Novo? Quando os escravos desfrutarão da escravidão
'...A tarefa de seu gozo escravista foi confiada pelos estados totalitários de hoje aos ministérios da propaganda, aos editores e aos meios de comunicação e aos professores e professores.'
Cristina Barroso
Soul Ask
(Reprodução) Aldous Huxley é o autor do livro profético de ficção científica “Admirável Mundo Novo”. Ele disse: “Só um grande movimento popular em favor da descentralização do poder e da auto-organização pode parar a tendência atual ao totalitarismo. Um estado totalitário verdadeiramente eficaz será aquele em que a poderosa diretoria de líderes políticos e exército de gerentes controlará uma população de escravos sem a necessidade de usar coerção, porque eles desfrutarão de sua escravidão. A tarefa de seu gozo escravista foi confiada pelos estados totalitários de hoje aos ministérios da propaganda, aos editores e aos meios de comunicação e aos professores e professores.”
O Admirável Mundo Novo de Huxley é o “Admirável Mundo Novo” (Shakespeare: “ A Tempestade ”), que se refere, como aponta Theodor Adorno, ao Novo Mundo, a América, o laboratório da sociedade do futuro.
O novo “mundo maravilhoso” é uma sociedade de classes que sofre um regime totalitário, onde não há família, a memória histórica foi apagada e há um hedonismo generalizado como modo de vida. Tudo é fluido e não há compromisso.
A reprodução da espécie humana não é feita naturalmente, mas em laboratórios do governo, pelo método de clonagem, e dependendo da quantidade de oxigênio fornecida aos embriões são produzidos cinco tipos de pessoas: Alfa, Beta, Gama, Delta e Epsilon.
Assim, como as habilidades e a inteligência são predeterminadas, todos fazem o trabalho para o qual são biologicamente destinados e, portanto, falhas e rejeições são coisas do passado.
O hedonismo é o sentido e o modo de vida dos seres deste novo mundo. O sexo é gratuito e de fato o Estado o promove, inclusive proporcionando novas formas de prazer. Todos eles tomam um estimulante chamado 'soma' que lhes dá sentimentos de euforia.
As doenças foram erradicadas nesta sociedade. Não há dor, fome e miséria. O mestre desse estado global de jovens idiotas é Mustafa Maud. Este é o segundo personagem principal, mas ele é um Selvagem, um remanescente do mundo shakespeariano (ou seja, o último “homem”), que não suporta a sociedade dos “autômatos” e se mata.
Huxley ou Orwell?Afinal, quem está certo, Huxley ou Orwell? Neil Postman pergunta em seu livro “ Televisão, a cultura da morte ”.
Postman considerava a televisão uma ferramenta crucial para a nova civilização e o novo totalitarismo. E isso porque a televisão constitui uma “metáfora”, que cria cultura, porque muda radicalmente a forma e o conteúdo do diálogo público, porque forma “uma cultura que suga o riso” e o discurso infantil dos debates públicos, uma cultura de ciclos contínuos de entretenimento vil e, portanto, capaz de obliterar a civilização.
Neil Postman admite que as culturas prisionais e os mecanismos de controle mental existem exatamente como Orwell os descreveu.
Essa civilização moderna é caracterizada por uma sobrecarga de informação que “sufoca” a verdade em “barulho” e confusão. Isso torna a proibição e a censura inúteis e resulta na prevalência da banalidade, do “lixo” e do riso inesgotável.
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Hoje, sofremos, como a população do Admirável Mundo Novo de Huxley , não porque rimos em vez de pensar, mas porque não sabemos por que rimos nem por que paramos de pensar.
Para a televisão, o espírito nada mais é do que inteligência organizada, habilidade, exercício e inteligência utilitária humilde. A cultura como cultivo nada mais é do que uma aparência que serve de álibi contra os bárbaros, que são os párias, os imigrantes, os invisíveis, os excluídos.
O que resta dessa distopia? A “fala da joaninha” (Kierkegaard') do devasso e manipulado hedonismo individual e animalesco como sentido de sua vida, como previsto por Aldous Huxley.
Talvez, nem seremos necessários como escravosO parceiro chave de Klaus Saab, Yuval Noah Harari, em uma entrevista recente admitiu publicamente os cenários de pesadelo que eles estão preparando para o futuro da Humanidade.
Como ele costuma dizer, na “nova” Humanidade que estão evangelizando, muitos empregos desaparecerão e, portanto, aqueles que os fizeram se tornarão insignificantes e, portanto, “excedentes”.
Eles também não servirão como escravos ou servos porque mesmo para esses “deveres” eles terão que ser “atualizados” para fazê-los já que, como dizem, até o cérebro será substituído por “matéria inorgânica” e nanorrobôs.
“Se você ficar para trás, enfrentará algo muito pior, será invisível, sem substância, não será necessário nem como servo ou escravo”, disse Yuval Noah Harari. “Eles agora podem ler as sinapses do cérebro e substituir o sistema imunológico por um sistema imunológico inorgânico composto por milhões de nanorrobôs”.
Se entendermos como os centros do cérebro funcionam e produzem emoções como amor e raiva, não haverá problema em reproduzir esses estados emocionais baseados em silício e não em carbono (matéria inorgânica em vez de orgânico) com base em computadores e não em mentes”
“Infelizmente vamos destruir muitos empregos”, acrescentou seu mentor, Klaus Schwab , na mesma entrevista. O mundo descrito por Huxley parece suspeitosamente com aquele em que vivemos agora. Ao mesmo tempo, tanto se perdeu, tão importante foi sacrificado enquanto aguardamos a nova “atualização” da humanidade, onde a verdade e a beleza são sufocadas pela diversão e conveniência. Este é o paraíso de Huxley que foi ainda mais longe, esculpido pelo WEF e seus arquitetos.
Mas enquanto houver uma “possibilidade de uma ilha”, permaneçamos hereges em uma sociedade atolada em sua maçante “felicidade”. Compartilhe esta notícia, muitos precisam despertar para a realidade.
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