26/09/2022 às 12h02min - Atualizada em 26/09/2022 às 12h02min
'DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA' vence Giorgia Meloni confirmada como primeira-ministra italiana. A mudança para a direita abala as elites políticas da Europa.
A líder da coalizão de centro-direita está prestes a assumir o cargo declarando “Defendemos Deus, país e família” construído com base na oposição à ideologia de gênero e ao lobby LGBT, juntamente com o apoio a fronteiras fortes e o fim da migração em massa ilimitada.
Cristina Barroso
BreitBart
9Reprodução) Giorgia Meloni, líder do partido Irmãos da Itália que ganhou mais votos nas eleições nacionais da Itália, estava se preparando para ser a primeira mulher premiê do país na segunda-feira.
Meloni soou um tom moderado e unificador em um discurso de vitória que notou que os italianos finalmente conseguiram determinar claramente quem eles queriam governar e a direção que desejavam seguir, desafiando as elites do establishment. “Os italianos enviaram uma mensagem clara a favor de um governo de direita liderado pelos Irmãos da Itália”, disse ela a repórteres em Roma, segurando uma placa dizendo “Obrigada Itália”.
Tudo isso levou grande parte da Europa a uma reviravolta política e ofegante.
A vice-presidente do Parlamento Europeu, Katharina Barley, dos social-democratas do chanceler alemão Olaf Scholz, classificou a vitória de Meloni como “preocupante” devido às suas afiliações com o líder húngaro Viktor Orban e o ex-presidente dos EUA Donald Trump. "Seu discurso eleitoral para a Europa não pode esconder o fato de que ela representa um perigo para a coexistência construtiva na Europa", disse ela ao jornal alemão WELT, segundo a AP .
“Tenho medo da incompetência, não da ameaça fascista”, disse Roberto D'Alimonte, professor de ciência política da LUISS, uma universidade particular de Roma. “Ela não governou nada.”
Ele esqueceu de mencionar que Meloni serviu como ministro da juventude no último governo de Berlusconi há uma década.
O professor Gianluca Passarrelli, da Universidade Sapienza de Roma, disse à BBC que espera que ela evite balançar o barco na Europa e se concentre em outras políticas, antes de expressar o medo de que ela possa cumprir as promessas pelas quais foi eleita, alertando: “Acho que veremos mais restrições sobre direitos civis e políticas para LGBT e imigrantes”.
A revista alemã Stern estampava sua primeira página com uma foto de Meloni, sob o banner: “A mulher mais perigosa da Europa”.
O Financial Times informou na semana passada que a chefe da comissão da UE, Ursula von der Leyen, colocou Roma na mesma cesta com Budapeste e Varsóvia como desafiantes ao desejo abrangente da UE de governar toda a Europa sem exceção ou desafio à sua própria autocracia. “Se as coisas vão em uma direção difícil”, disse ela quando questionada sobre as eleições italianas, “falei sobre a Hungria e a Polônia, temos ferramentas”.
Esta foi uma referência às disputas de Estado de direito e congelamentos de financiamento que ambos os países experimentaram.
A ameaça implícita provocou indignação em Roma, particularmente entre a direita política de centro e online nos círculos da MIGA (“Make Italy Great Again”), onde von der Leyen foi acusado de interferir na eleição.
Apesar das ameaças de toda a UE, Meloni não tem intenção de ser intimidada, como seu público viu em 2019 no Congresso Mundial das Famílias: Ela vai precisar dessa coragem nos próximos meses e anos.
A Itália está sofrendo uma inflação desenfreada enquanto uma crise de energia se aproxima neste inverno, ligada ao conflito na Ucrânia.
A economia italiana, a terceira maior da zona do euro, também está sobrecarregada com uma dívida equivalente a 150% do produto interno bruto.
Apesar dos suspiros de seus oponentes dentro e fora da Itália, Meloni deve agir para garantir o futuro econômico do país, apesar do que seus detratores dizem ser suas crenças eurocéticas subjacentes. Compartilhe esta notícia, muitos precisam despertar para a realidade.
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