24/08/2020 às 10h56min - Atualizada em 24/08/2020 às 10h56min

A imprensa precisa de um soco no estômago

A vontade de Bolsonaro é a nossa

Kaio Lopes
Da Redação
(REPRODUÇÃO)
Sim. Todos nós, em algum momento, exclamamos por liberdade. Quando o fazemos, é porque, sob algum aspecto, não a sentimos garantida. Com tamanha subjetividade da nossa Constituição, ao clamarmos por democracia, invocamos, por conseguinte, a sua ausência. E a imprensa brasileira, aquela da vez, com voz e atenção, ou melhor, a mídia de esquerda, não é democrática na mesma medida em que é repressiva. Excetuando-se à ela, apenas os jornais alternativos e os jornalistas independentes. Via de regra, a maior parte dos nossos veículos de comunicação desinforma, toma o partido errado e provoca. 

Não. Nenhum de nós, para todo o sempre, deve silenciar perante à insinuações de cunho partidário. Nem mesmo o presidente da república. Aliás, este último em particular, por ser 'persona non grata' pelo oligopólio midiático, agora é vítima de um desagrado explícito: ele sugeriu um soco defronte à classe. Pudera, a resposta mais eficaz ao ataque contínuo é o contra-ataque sutil. A sutileza, nesse contexto, está justamente na verdade que acompanhou a reação. 

A situação é evidente: o pleito eleitoral foi a disputa entre a realidade prática da massa versus a utopia patética do grosso jornalístico. O jornalismo cumpriu função de linha auxiliar do PT e, não obstante, posicionou lente e cenário contra Bolsonaro, a despeito, porém, do público que buscara atingir. Foi uma perda inenarrável. Uma derrota que dói até hoje. O que falta, no entanto, é dar sensibilidade à ferida doída e tocar nela com maior afinco. Aliás, faltava: o presidente tirou o gesso do braço esquerdo ontem.

Parece haver na nossa imprensa uma confusão entre seus ofícios: os ócios da oligarquia lhe trouxeram conforto, enquanto seus ossos jogaram-na sobre a lona dos fatos. Ela bateu tanto, tão à toa, sempre financiada pela mentira, que não concebe a surra tomada no confronto da verdade. Eis mais uma: um soco na boca não é o suficiente. Dá no estômago, Presidente, é mais potente. 

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