14/08/2020 às 11h08min - Atualizada em 14/08/2020 às 11h08min
Com hidroxicloroquina, Porto Feliz tem a menor taxa de mortalidade na região de Sorocaba
Cidade é referência no enfrentamento da pandemia
Kaio Lopes
Da Redação
Praça central de Porto Feliz, SP (JORNAL CRUZEIRO DO SUL - REPRODUÇÃO) A pequena cidade de Porto Feliz, no interior de SP, tornou-se a maior referência no enfrentamento da pandemia do coronavírus dentro da Região Metropolitana de Sorocaba. Embora o índice de contágio seja relativamente alto, considerando sua população pouco acima de 50 mil habitantes, a taxa de mortalidade proporcional é a menor comparada às demais cidades da RMS. Atualmente, foram registrados 1.043 casos e apenas 12 óbitos, ou seja, somente 1,16% dos casos positivados resultaram em mortes.
Conforme reportou a TV Cultura, no mês de Maio, a cidade investiu cerca de R$ 100 mil para a compra e distribuição do chamado ''kit-covid'' aos pacientes na fase inicial da infecção. Entre as medicações oferecidas, estão a hidroxicloroquina e a azitromicina, incessantemente defendidas por Bolsonaro.
Em entrevista concedida à emissora, o prefeito do município - que também é doutor, Cássio Habice Prado (PTB-SP), defendeu o protocolo adotado: ''Esse kit custa menos de R$ 40 e não há por que as pessoas não utilizarem. Ele tem eficiência na fase inicial da doença, nos primeiros cinco ou seis dias'', reitera o chefe do Executivo local.
Os índices são surpreendentes, ao passo em que destacam o município como o melhor administrado dentro de uma das maiores regiões do Estado de SP; no total, a RMS tem 27 cidades e um total de 2,2 milhões de habitantes.
Outro fator curioso, vale destacar, é o descontrole no número de contágios. Porto Feliz não integra o ranking das 10 maiores populações da região, mas curiosamente está entre as que mais registraram infecções, ficando atrás da sede (Sorocaba) e dos maiores municípios, a exemplo de Itu e Votorantim. A cidade havia adotado medidas duras para conter aglomerações, incluindo a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em praças públicas e o agravamento de multas para os moradores que descumprissem as orientações. As ações, porém, não contribuíram contra o avanço dos casos.
Por outro lado, a quantidade ínfima de óbitos comprova o quão eficaz tem sido o resultado daqueles que optam por prescrever tanto a cloroquina quanto a azitromicina.