A hipótese será verificada no exame anatomopatológico, uma espécie de biopsia. Por meio dele, é feita uma análise microscopia para identificar "doença prévia" à colisão do avião, explica a médica legista Vanessa Marinho.
- Os exames anatomopatológicos são feitos com várias intenções, com várias possibilidades. (...) Podem ser identificados alguma cardiopatia, algum infarto, pode ser detectado um tromboembolismo pulmonar ou cerebral, que podem corroborar com o diagnóstico na conclusão pericial final - salientou a profissional em coletiva de imprensa.
Questionada se o piloto poderia ter sofrido um ataque cardíaco, Vanessa reforçou que ainda é cedo para tirar qualquer conclusão.
- Inicialmente, nós não podemos falar disso - disse.
A perícia também realiza exame toxicológico, que pode identificar a presença de alguma droga no corpo das vítimas. Segundo o perito criminal Sandro Chaves, esse tipo de análise é de praxe em acidentes.
- O exame toxicológico, além de dar a causa da morte, pode ajudar a esclarecer as circunstâncias. Por exemplo: em um acidente de trânsito, a gente quer saber se a vítima morreu por politraumatismo e se estava, por exemplo, sob efeito de uma substância psicotrópica.
O perito salientou que o exame toxicológico foi "decisivo" para apontar as circunstâncias das mortes no caso envolvendo a Cervejaria Baker. Ao menos dez pessoas perderam a vida por intoxicação por dietilenoflicol, substância encontradas em lotes da marca.
Para as duas análises nas vítimas da queda do avião foram coletados fluídos, sangue, urina e serão verificados órgãos e tecidos. As análises estão sendo feitas nas cinco vítimas e devem ser concluídas num prazo de 10 a 15 dias.Apoie o jornalismo gratuito e independente
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