“Apesar de deixar intactos a maior parte dos termos do estado de emergência, o tribunal disse que os principais artigos ordenando a população fora das ruas, exceto para curtas viagens para fazer compras e deslocamentos inevitáveis para o trabalho e outros negócios oficiais, eram inconstitucionais ” , relata a Associated Press.
“Segundo a TVE, o acórdão dizia que as limitações à circulação violavam os direitos básicos dos cidadãos e, por isso, o estado de emergência era insuficiente para lhes dar o respaldo constitucional. Os seis magistrados disseram que um estado de exceção, que permite ao governo suspender direitos básicos, teria sido necessário. ”
Durante as primeiras seis semanas do bloqueio, as medidas de permanência em casa eram tão rígidas que os espanhóis nem podiam sair para fazer exercícios ou passear com os cachorros.
Em um caso, a polícia foi chamada depois que um vizinho viu dois irmãos jogando futebol em seu próprio quintal.
Como destacamos anteriormente , as leis de bloqueio espanholas eram tão draconianas que, a certa altura, as autoridades disseram aos cidadãos que usar máscaras para nadar no mar era obrigatório.
Por muitos meses, durante o calor, o uso de máscaras em todos os ambientes ao ar livre, mesmo nas praias, era obrigatório.
As pessoas também receberam multas de € 2.000 euros por “desrespeito” a um policial durante o confinamento.
Numerosos casos de policiais espancando pessoas por não usarem máscaras também surgiram, enquanto os manifestantes em um ponto libertaram uma mulher da prisão policial enquanto os policiais tentavam algema-la por não usar cobertura no rosto.
No início do primeiro bloqueio, helicópteros da polícia equipados com alto-falantes também foram usados para ordenaragressivamente aos banhistas que voltassem para casa.
Muitos do governo espanhol enfrentam vários processos judiciais como resultado do bloqueio ter sido declarado ilegal.
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