O ditador da China, Xi Jinping | Foto: reprodução Uma pesquisa da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) publicada nesta semana descobriu que a China criou uma rede de jornalistas no mundo inteiro com o objetivo de elogiar a gestão do Partido Comunista Chinês. No caso, segundo o relatório, a ditadura comandada por Xi Jinping usou a pandemia de Covid-19 para vender uma imagem positiva da China através de jornais de outros países, inclusive do Ocidente, que postaram fake news em benefício da China.
Dentre os países alvos da China, a maioria estão na Europa, como Sérvia, Itália e Reino Unido. No caso do Reino Unido, a agência governamental OFCOM baniu, em março, o canal China Global Television Network (CGTN) após este divulgar fake news pró China sobre os protestos que estavam acontecendo em Hong Kong, ex-colônia britânica. O OFCOM também descobriu que a CGTN era controlada pelo Partido Comunista Chinês.
Na Sérvia, as coisas são um pouco mais complicadas, visto que o governo controla quase que toda a imprensa. Segundo um jornalista que preferiu não se identificar, o Presidente Vučić
vê a China como um "amigo, defensor e salvador financeiro". No centro da cidade de Belgrado, o tablóide pró-governo Informer até pagou por um outdoor do ditador chinês com as palavras
“Obrigado irmão Xi”. Não foi a primeira vez que o governo da Sérvia se referiu ao ditador chinês com tanto apreço: em março de 2020, quando começou a pandemia na Europa, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vučić, disse, em coletiva, que solidariedade européia era um mito e que o único que ajudou a Sérvia foi seu "amigo e irmão" Xi Jinping.
Mídia brasileira recebeu recursos Jornais do Brasil já receberam recursos do Partido Comunista Chinês. Conforme mostrou reportagem da Revista Oeste, de maio de 2021, a Folha de São Paulo e a Editora Globo receberam juntas mais de 500 mil dólares. Além desses, o jornal Correio Braziliense recebeu 15 mil dólares, em novembro de 2019.
Confira o relatório completo da Federação Internacional de Jornalistas
neste link.