O vereador Dr. Jairinho, acusado de matar o garoto Henry | Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
A Justiça do Rio de Janeiro negou, nesta quinta-feira (15), o pedido de afastamento de Dr. Jairinho, acusado de assassinar o enteado Henry Borel, do cargo de vereador. A justificativa da juíza Mirela Erbisti, que analisou o caso, é que o pedido de afastamento não pode ser aceito até que as investigações sobre a morte de Henry cheguem ao fim, o que deve ocorrer na próxima semana. “Por maior que seja o clamor social por Justiça, a liminar em questão esbarra em dois princípios inafastáveis, quais sejam o da presunção de inocência e o da separação dos poderes”, argumentou Mirela.
Dr. Jairinho e sua namorada, Monique Medeiros, mãe de Henry, estão, desde o dia 8 de abril, em prisão temporária, que tem duração de 30 dias. A defesa dos acusados tentou pedir habeas corpus para o casal, no entanto, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou o pedido.
O laudo da morte de Henry apontou que o garoto sofreu 23 lesões na madrugada da morte. Os ferimentos externos e internos no corpo do menino são incompatíveis com a versão de “acidente” dada pelo casal, segundo os investigadores, o que deve confirmar que eles o assassinaram.