Dias Toffoli, presidente do STF, concedeu na noite desta terça-feira (14) prisão domiciliar para Geddel Vieira Lima, ex ministro de Lula, Dilma e Michel Temer. Geddel foi preso em 2017, na operação "Cui Bono?", que investigava um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal (CEF) que teria ocorrido pelo menos entre 2011 e 2013, período o qual o ex ministro foi vice presidente do banco no governo de Dilma Rousseff. Segundo as investigações da Polícia Federal e Ministério Público Federal, Geddel e Eduardo Cunha atuaram na liberação de ao menos R$ 1,2 bilhão em empréstimos para empresas em troca de propina.
No mesmo ano de 2017, a Polícia Federal encontrou um bunker com 51 milhões de reais que pertencia a Geddel. Em 2020, o atual Procurador Geral da República, Augusto Aras, solicitou ao STF que esse dinheiro fosse usado no combate ao coronavírus.
Para a concessão de prisão domiciliar, Toffoli considerou o fato de Geddel ser idoso e apresentar comorbidades, o que aumenta os riscos dele contrair o coronavírus. No entanto, na prisão, Geddel estava isolado e seu exame de coronavírus deu negativo segundo nota emitida pela Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap).