(REPRODUÇÃO) A nove dias de deixar o mandato, o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, poderá passar pelo segundo pedido de impeachment em 13 meses.
Nesta segunda-feira (11), a Câmara dos Representantes apresentou o pedido de impedimento contra
Trump pelo crime de "insurreição", ao convocar manifestantes contra o Congresso do país na última quarta-feira (6).
O pedido é encabeçado pelos deputados democratas David Cicilline, do estado de Rhode Island, e conta com o apoio da presidente da Casa, a também democrata
Nancy Pelosi.
Desde a invasão ao Legislativo, há seis dias, há um movimento crescente pelo impeachment ou afastamento do republicano Trump. Twitter e Facebook bloquearam as contas do presidente, alertando o mundo sobre o poder da censura pelas mídias sociais.
A voz de Trump e dos conservadores precisa ser calada para alivio dos "democratas".
Tempos difíceis e sombrios vivemos agora.
Após o vice-presidente americano, Mike Pence, ignorar o prazo dado pelos democratas para invocar a 25.ª Emenda da Constituição para afastar Donald Trump do cargo, os Estados Unidos caminham hoje para um inédito segundo processo de impeachment contra um presidente.
O pedido dos democratas era uma forma de pressionar Pence a afastar o presidente de forma menos burocrática.
Seria uma resolução mais rápida do que enfrentar todos os prazos e trâmites do Congresso logo no início do mandado de Joe Biden.
Certo de que seus aliados não cederiam, Trump afirmou ontem no Texas - onde visitou um trecho do muro na fronteira com o México - que a chance de invocarem a 25.ª Emenda contra ele era "zero".
No segundo impeachment que enfrentará, Trump será acusado de "incitar a insurreição". Na Câmara, uma maioria simples de 218 votos é suficiente para aprovar o pedido - ou menos, se houver ausências no plenário. Os democratas contam com 222 cadeiras. No entanto, mesmo que a Câmara aprove o impeachment, a Constituição dos EUA diz que o processo para tirar o presidente do cargo também deve ser votado pelo Senado.