Um vazamento de dados do Partido Comunista Chinês feito por dissidentes da ditadura mostrou que cerca de dois milhões chineses membros do Partido estão infiltrados de forma secreta em algumas das maiores empresas, bancos, grupos de mídia, universidades e agências governamentais do mundo inteiro. As informações são do jornal Sky News, da Austrália.
Entre as empresas citadas na lista vazada estão fabricantes como Boeing e Volkswagen, farmacêuticas como Pfizer e AstraZeneca e bancos como ANZ e HSBC. De acordo com os documentos, cerca de 600 pessoas no HSBC são membros do Partido Comunista Chinês.
"Acredita-se que seja o primeiro vazamento desse tipo no mundo", disse a jornalista australiana e apresentadora do Sky News Sharri Markson. "O que é incrível sobre esse vazamento não é só que ele expõe pessoas que são membros do Partido Comunista, e sim que agora essas pessoas estão trabalhando em todo o mundo em organizações da Austrália, dos Estados Unidos e do Reino Unido como infiltradas", acrescentou ela.
Os dados foram extraídos de um servidor em Xangai, em 2016, por dissidentes chineses, que os usaram para fins de contra-espionagem. No entanto, foram divulgados apenas hoje, no final de 2020.