30/11/2020 às 21h33min - Atualizada em 30/11/2020 às 21h33min

Grupo Jihadistas assassinou 110 civis na Nigéria.

Edward Kallon, coordenador humanitário da ONU na Nigéria, qualificou o ataque como o mais sangrento cometido contra civis este ano na região.

Cristina Barroso
(REPRODUÇÃO)
Cento e dez (110) civis foram mortos em Koshobe, na Nigéria, neste sábado (28), homens armados atiraram contra trabalhadores de um campo de arroz, conforme informou  a ONU (Organização das Nações Unidas).

O governo nigeriano atribuiu o ataque ao grupo Boko Haram. “Homens armados chegaram em motocicletas e realizaram um ataque brutal contra homens e mulheres que trabalhavam nos campos de Koshobe. Ao menos 110 civis morreram cruelmente e muitos outros ficaram feridos”, disse Edward Kallon, coordenador humanitário da ONU na Nigéria.
Kallon qualificou o ataque como o mais sangrento cometido contra civis este ano na região.

As mortes aconteceram no mesmo dia em que o Estado de Borno realizou eleições locais. É o 1º pleito organizado na região desde a insurgência islâmica na Nigéria, comandada pelo Boko Haram.
A ONU não mencionou a autoria do Boko Haram, influente grupo jihadista sediado na Nigéria e um braço do Estado Islâmico na África, nem sua facção dissidente, o grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), que multiplicam a violência nesta região e controlam parte do território nigeriano.
 
 De acordo com nomes ligados ao Executivo, os integrantes da organização já possuem um histórico de ataques contra trabalhadores agrícolas.
 
“É, sem dúvida, obra do Boko Haram, que atua na região e ataca com frequência os agricultores”, disse Babakura Kolo, líder de uma milícia de autodefesa pró-governo.
Em nota, o governo de Muhammadu Buhari prometeu condenar “o assassinato por terroristas de agricultores dedicados a seu trabalho”.
Até a manhã deste domingo (29), 43 vítimas do atentado foram enterradas, todas na região vizinha de Zabarmari. As demais devem ser sepultadas em outras cidades.
O número já centenário de mortes ainda pode crescer. Autoridades federais informaram que a busca por mais corpos na área continua.
 
 

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