MOGI NEWS (REPRODUÇÃO) Qualquer assunto que envolva uma criança, por mais controverso que seja, precisa ser tratado com cautela. Na maioria das vezes, não conhecemos o cenário no qual ela cresceu, as pessoas com quem ela conviveu e as influências que a cercaram. É justamente por isso, nada além disso, que devemos dar a ela o espaço necessário e o ambiente adequado. É imprescindível, pelo menos agora, deixar a política de lado. É importante, sem dúvidas, respeitar a liberdade religiosa. Como é possível dizermos não haver FÉ numa alma em pleno desenvolvimento, que foi submetida ao mais bárbaro crime que conhecemos, o estupro, mas, ainda assim, permanece viva? E como é patético, porém, dar tamanha publicidade ao fato somente por causa ideológica! A maior bobagem que eu li a respeito foi a associação dos fanáticos religiosos ao conservadorismo. Deixa eu explicá-los: o conservadorismo, acima de qualquer coisa, a exemplo do pleno pensamento direitista, respeita as liberdades individuais e a escolha consciente e independente de cada um, por mais discutível que seja esta em específico.
Façamos uma reflexão: imagine, por um instante, que seu filho ou filha, sobrinho ou sobrinha, irmão ou irmã, primo ou prima, sofra abuso sexual por 4 anos consecutivos, quando, na realidade, deveria é estar descobrindo e experenciando o melhor da tenra idade. Sob quais circunstâncias alguém poderia atestar culpa à vítima? Nenhuma. E o fizeram. Pior: de repente, você descobre a situação através de uma gravidez precoce, aliás, precoce é eufemismo para a gestação aos 10 anos, porque, afinal, é uma situação anormal. E quando a decisão da sua família é tomada e vocês acompanham esta criança até o hospital - lugar este que imprescinde de silêncio - tu abre a janela do quarto em que uma cirúrgia seríssima é realizada e lá estão a imprensa nacional, um grupo de pseudos-cristãos e outra turma de militantes políticos. Você liga a TV e vê o rosto do monstro que causara aquilo; abre as redes sociais e dá de cara com esquizofrênicos duvidando da inocência infantil e outros loucos comemorando o procedimento realizado.
Finalizado o aborto, perfis de esquerda exclamaram: ''Vencemos!''. Simultaneamente, irresponsáveis ditos evangélicos/católicos gritam: ''Assassina!''. Ambos, contudo, sem se darem conta de que não há nada justificando disputa e premiando um vencedor. Quanto situações como tal ocorrem, todos nós, quando não mortos por dentro, saímos derrotados por fora. O suspeito já foi preso, não que isso seja novidade para ele, afinal, é reincidente na vara criminal. Ou seja, tanto fez, tanto faz. O cara sabe o que fez e faria novamente - há precedentes históricos para afirmar isso. Quando a crista da onda diminuir, muito em breve, o estuprador estará solto nas esquinas mais próximas e outras pessoas estarão sujeitas ao seu comportamento animalesco e pouco assistido e penalizado pelas nossas Leis. E a criança, coitada, agora é carregada no colo de aproveitadores que a utilizam como mártir político e também ameaçada por charlatões indiferentes à verdadeira causa divina.
Novamente, no final das contas, quem venceu foi a ignorância - seja ela representada pelo extremo que for.