19/02/2023 às 18h25min - Atualizada em 19/02/2023 às 18h25min

BATENDO PAPO COM A MÁQUINA

Novo ChatBot bombando no Cyberespaço

Nehemias Gueiros, Jr.
O babado do momento na comunidade digital americana é o aplicativo ChatGPT, derivado do sistema "ChatBot", um programa de computador que tenta simular uma conversa humana com as pessoas. O objetivo é a máquina responder a perguntas de tal forma que você tenha a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador.


Agora turbinada pelo dinheiro de Bill Gates, a empresa Open AI (Open Artificial Intelligence), que desenvolveu o ChatGPT, já vinha trabalhando em parceria com a Microsoft desde 2019, mas com o estrondoso sucesso do aplicativo, que já atraiu mais de 100 milhões de usuários em menos de dois meses, a gigante dos computadores estendeu a parceria com um novo contrato que prevê a injeção de múltiplos bilhões de dólares nos próximos anos.


Diferentemente da Google, que oferece apenas links e imagens em resposta a qualquer pesquisa, o ChatGPT efetivamente "conversa" com o usuário em resposta às buscas realizadas e o frisson em torno do aplicativo já atingiu tal ponto que a Google acaba de anunciar o lançamento do seu "Bard", com o mesmo objetivo. A gigante das buscas online está tão preocupada com o novo brinquedo da Microsoft que até seus fundadores, Larry Page e Sergey Brin saíram da aposentadoria e estão de volta aos escritórios no Silicon Valley arregaçando as mangas para surfar essa nova onda tecnológica.


Por enquanto o ChatGPT é um verdadeiro sucesso, pois literalmente conversa com o usuário, conta histórias, informa notícias, narra fatos e até arrisca piadas. Um salto quântico em relação aos robôs de busca tradicionais.

O novo Bot de bate-papo é alimentado por grandes quantidades de dados e técnicas de computação para fazer previsões e agrupar palavras de maneira significativa. Ele explora uma vasta gama de vocabulário e informações, mas também entende as palavras no contexto. Isso ajuda a máquina a imitar padrões de fala ao fornecer um conhecimento enciclopédico ao usuário, por exemplo.


Para os millennials mais velhos que cresceram com as salas de bate-papo do IRC – um sistema de mensagens instantâneas de texto – o tom pessoal das conversas com o bot pode reproduzir a experiência de conversar online, mas a tecnologia ChatGPT, também conhecida como "ferramenta de modelo de linguagem" ainda não fala com senciência e nem "pensa" como um ser humano.

A Google e a Meta (dona do Facebook) já vinham desenvolvendo suas próprias ferramentas de modelo de linguagem que aceitam solicitações humanas e entregam respostas sofisticadas, mas agora, numa reviravolta revolucionária, a OpenAI e a Microsoft criaram uma interface de usuário que permite que o público fale diretamente com a máquina e seja respondido.

Contudo, antes de nos empolgarmos demais, é sempre bom lembrar que o sistema ainda está engatinhando e apresenta muitos problemas antes de poder ser utilizado em todas as aplicações desejáveis no mundo real para substituir atendentes humanos em call centers por exemplo. O hype é grande, tem muito potencial, mas a máquina não pode fazer mágica.


A própria empresa OpenAI reconhece isso e explica em seu site que "o ChatGPT às vezes escreve respostas que parecem plausíveis, mas incorretas ou sem sentido".
Claro que esta incrível novidade tinha que ter também o dedo – e a grana – de Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, que faz parte do grupo de investidores.
O contínuo espetáculo da Tecnologia.


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